Eloquência de amar

Eloquência de amar .: Vida Brincante :. Hiury Wdson

Não há nada melhor do que aquele olhar. E aquelas palavras que você quase não consegue ouvir. Sem dizer, claro, daquele gosto, que só o prazer pode dar-te.

Num dia quente, muita gente pode querer distância da pele de outros. Mas aqueles seres não. Eles agiam de maneira contrária aos demais. Queriam proximidade.

Talvez não dê para entender.  Se não consegue compreender, há um motivo explícito: falta de amor e, conseqüentemente, falta de querer, de prazer e vontade. Será se é?!

Bem, para eles, não.

O calor é um aditivo a mais. Os dois, enroscados, misturam o suor. Não há o que reclamar. As gotas que caiam do rosto dele, enquanto ela mordia os lábios, eram pingos de prazer, de doçura e selvageria.

O olhar dela denunciava. Ela nunca tinha provado de algo daquele tipo. Era bom. Não precisava de palavras. Olhos transformados e transbordando prazer. Como pode ser?

É simples. É fácil. É amor. É amada. Esta amando. É feliz. É.

As tentativas de pronunciar algumas palavras, sempre eram em vão. Ela não conseguia. Não é simples falar e sentir prazer. Não é simples se deliciar com o momento e dizer ‘Eu Te Amo’. Para muitas é simples e, de fato, é amor. Para ela, é amor, mas, de fato, naquele momento de troca de carícias, de corpo unido, de olhos perdidos e de pele arrepiada, não é fácil. É uma tarefa quase impossível. Porém é algo que não precisa ser dito. O prazer que transborda dos dois já denuncia o amor.

É uma denúncia que não precisa ser transcrita ou investigada. É uma denúncia que está à prova. Uma apenas. O prazer.

Prazer que o faz provar de cada parte daquela que o deixa tão feliz. Prazer de poder passear por aquela pele. De tatear cada centímetro, cada milímetro. De sentir o gosto daquela que o deixa na eloquência de amar.

Att,

O Brincante,

Hiury Wdson

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